Por isso nunca ficamos desanimados. Mesmo que o nosso corpo vá se gastando, o nosso espírito vai se renovando dia a dia. E essa pequena e passageira aflição que sofremos vai nos trazer uma glória enorme e eterna, muito maior do que o sofrimento.
2 Coríntios 16-17



Respondeu Jesus: “Você não compreende agora o que estou lhe fazendo; mais tarde, porém, entenderá”.
João 13:7. Respondeu Jesus: “Você não compreende agora o que estou lhe fazendo; mais tarde, porém, entenderá”.
João 13:7.

Amigos equilibrados



Conheci um grupo de amigos, e resolvi me enturmar com eles. O engraçado é que todos eram bem diferentes uns dos outros, possuindo qualidades e defeitos. Eram eles: o Orgulho, a Paciência, a Revolta e a Harmonia. Andando com esse grupo, pude perceber que Orgulho e Revolta conversavam mais, tinham muitas afinidades, assim como Paciência e Harmonia tinham mais interesses em comum.
Resolvi analisar cada um, separadamente:
O Orgulho – sujeito correto, firme, gostava de falar das qualidades e sequer tocar no assunto dos defeitos. Sabia que era um bom sujeito, mas não admitia errar, muito menos que outros apontassem seus erros. Era discreto em relação a admitir suas falhas, mas crescia e se emplumava na hora de contar suas conquistas e vitórias.
A Paciência – moça tolerante, atenciosa, bondosa. Era toda ouvidos, tinha prazer em compreender as pessoas, sempre sorrindo. As vezes, era até feita de boba, pois abusavam de sua boa vontade. Muita gente confundia as coisas, achavam que por ser boa pessoa, Paciência era boba.
A Revolta – esquentada que só, essa era bem explosiva. Mulher brava, não levava desaforo pra casa de jeito nenhum. Moça de pavio curto, falava o que vinha a cabeça, franca e grossa. O lado bom da Revolta era a sinceridade dela, era transparente e não escondia de ninguém a sua personalidade forte. O problema dela era seu estresse, nervosinha ela.
A Harmonia – a melhor definição para essa moça era serenidade. Era aquela que apaziguava tudo, era sensível, colocava panos quentes em tudo quando o clima começava a esquentar. Não deixava ninguém no grupo ficar de fora das conversas; sempre que alguém se sentia ofendido com alguma brincadeira, já vinha ela mudando de assunto, amenizando as coisas, falando coisas agradáveis. Queria o bem de todo mundo, gente boa demais.
Certo dia, fui passear com meus novos amigos, e me aproximei primeiro de uma dupla agitada e bem engraçada de vez em quando, Orgulho/Revolta. Enquanto o Orgulho falava de si, a Revolta fazia cara de tédio, e me fazia rir. Até que um rapaz esbarrou no Orgulho, e ele não ligou muito. Mas a Revolta tava junto, começou a colocar pilha, dizendo que achava que foi de propósito o esbarrão, e incentivou o Orgulho a tirar satisfação; a sorte é que a Paciência ouviu, pediu calma e disse que a Revolta tava exagerando. Mesmo assim, o Orgulho tava muito irritado, e foi preciso que a Harmonia viesse com aquele seu jeitinho dizendo: “tá um dia bonito hoje, né gente?”
Sorte do grupo que existia a dupla calminha, Paciência/Harmonia. Até que seguimos adiante, e um cara abusado grudou na Paciência; sujeito chato demais, cismou com ela, e queria contar sua vida toda, seus problemas, dando umas cantadas nela. O Orgulho saiu logo de perto, e a Revolta não aguentou, e deu um chega pra lá no cara chato, gritando: “Paciência, tudo tem limite”. O sujeito ficou sem graça e saiu de perto, mas Paciência deu graças a Deus, não aguentava mais, mas tinha um sério problema em dizer “não” e negar atenção as pessoas. Harmonia só olhou, e preferiu ficar quieta; acho que ela percebeu que a Revolta já tinha resolvido a situação, ao jeito dela, claro!
Só então eu me dei conta que esse grupo se completava, ambos precisavam uns dos outros. Engraçado, que nesse grupo, todos eram importantes. Acho que caso um destes integrantes não fizessem parte, não seria igual, não funcionaria tão bem. Devido as suas diferenças, eles encontravam o tão sonhado equilíbrio.Qual dos meus amigos vocês curtem mais?Aliás, já os viram por aí?